quarta-feira, 10 de outubro de 2012

João e o pé de feijão.


Se perguntarmos ao certo, quem nunca em sua infância teve contato com os contos de fada, é claro que muitos se lembrarão de experiências mágicas que essas histórias os trouxeram.
Comigo não foi diferente, e há cinco anos venho participando da infância de vários pequeninos como professora de Educação Infantil e as histórias sempre fizeram parte das minhas aulas.
Devido às leituras que tenho feito pra defender o meu TCC, li um livro chamado “A psicanálise dos contos de fadas” de Bruno Bettelhein, e por meio dele tive contato com uma história já conhecida “João e o pé de feijão”, porém eu ainda não havia trabalhado com ela em sala de aula. Tendo uma nova visão a respeito desta história e percebendo que os meus alunos se identificariam com ela, e por poder adquirir novas habilidades em diversos eixos de conhecimento, nasceu o projeto “João e o pé de feijão”, que vou partilhar as etapas com vocês agora:

 RELATO DE EXPERIÊNCIA

AMBIENTALIZAÇÃO-
Na sala de aula, aconcheguei-os perto de mim (num tapete), fiz um suspense a respeito do que iria fazer. Joguei o “pozinho do silêncio” , falei sobre a importância de partilharmos tudo o que a gente gosta, e combinei que se eles gostassem da história, deveriam passa-la a diante.
Obs: o “pozinho do silêncio” é um recurso que utilizo para que os alunos permaneçam em silêncio, durante as atividades que exigem um pouco mais de atenção por parte do alunado.


CONTAÇÃO DA HISTÓRIA 
Na contação dessa história, utilizei apenas o recurso da fala. Em seguida, fizemos uma roda de conversa sobre as atitudes do Gigante e de João, onde as atitudes do Gigante foram repudiadas.


APRESENTAÇÃO DOS FEIJÕES
Após a conversa, mostrei um “segredo”, feijões coloridos feitos de argila e pintados com tinta nas cores primárias, eles sentiram o peso , cheiraram, brincaram e construímos oralmente uma história curta, de como eu havia conseguido os feijões. 
 
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EXPERIÊNCIA DA GERMINAÇÃO
Em grupos pequenos, fizemos a experiência da germinação, no mesmo dia os alunos levaram para casa a sua experiência. O objetivo era que eles compartilhassem a história com as suas famílias. A experiência seria o “elo” para que isso acontecesse, pois eles explicariam para pais o que eles haviam vivenciado na escola. 

 


CONTAÇÃO  COMPARTILHADA
Os alunos fizeram a roda da contação, o “contador” da vez ficava em pé e contava sua parte, depois eu pedia para que passasse a palavra para outro “contador”, o próximo continuaria de ponto em que o anterior parou. Mediei muitos momentos através de perguntas, é claro que alguns contadores perderam a linha de raciocínio, porque cada um grava a parte que mais lhe interessa. Crianças tímidas quiseram contar, foi muito gratificante.



PINTURA DO DESENHO
Pesquisei um desenho na internet que traduzisse a essência do conto na perspectiva dos próprios alunos. Como eles se identificaram muito com a coragem do João, o desenho foi o momento que ele subia no pé de feijão.

CINEMINHA
Ambientalizamos a sala com cadeiras, apagamos as luzes e fizemos pipoca. Exibimos o filme “João e o pé de feijão” (curta duração). Antes de exibir o filme, expliquei sobre algumas diferenças que poderiam aparecer no filme, eles ouviram e depois de terem assistido ao filme, perceberam as diferenças.

ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO DA EXPERIÊNCIA
Durante as duas semanas em que o projeto se seguiu, os próprios pais falavam como as crianças se sentiram ao observarem o crescimento do pezinho de feijão. No dia da experiência, fizemos uma para deixarmos na classe e acompanharmos juntos o seu crescimento.

 


LEITURA DA HISTÓRIA
Agora com o livro em mãos, tivemos o momento da LEITURA da história.



DO ALGODÃO À TERRA
Plantamos a experiência da classe (o broto) na terra, e escolhemos um lugar para ela ficar. Comprometemo-nos de regá-la e acompanhar o crescimento.






É importante ressaltar que não fazemos nada sozinhos, e uma boa equipe escolar é também uma equipe vencedora.
Foi lindo ver esse projeto acontecer partindo do próprio interesse dos alunos. Vale a pena ressaltar que as atividades não foram sequenciadas uma após a outra, elas ocorreram por duas semanas distribuídas nos eixos da rotina que as crianças têm, ficando assim um projeto rico e prazeroso para ambas as partes (professores e alunos).
Professores responsáveis pelo projeto: Fabíola de Oliveira, Roseni Almeida e Silzete de Carvalho.

 
Quer ensinar e aprender? Então, LÊ VOCÊ!

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